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Publicado em 25/04/2023 à 05:04:00
Por: Assessoria de Comunicação
Moluscos bivalves geram emprego, renda e inspiram o turismo de SC
Projeto desenvolvido na UFSC envolve um conjunto de ações de apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão da espécie marinha

Manter e avançar ainda mais nas atividades consideradas, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), exemplares pelo alto grau de inserção regional e pelo senso de responsabilidade econômica da instituição. Este é o objetivo do projeto “Apoio à sustentabilidade da cadeia de produção de moluscos bivalves”, desenvolvido pelo Laboratório de Moluscos Marinhos (LMM) da UFSC com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu).

“A Fapeu gerencia o projeto coordenando atividades administrativas, financeiras e de recursos humanos. Esse suporte, que exige equipe competente, como o da fundação, é fundamental para a execução do trabalho”, destaca o professor Marcos Caivano Pedroso de Albuquerque, coordenador dos trabalhos.

O projeto envolve um conjunto de ações de apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão na área de cultivo de moluscos (malacocultura) por meio da produção de larvas e sementes de moluscos bivalves marinhos (ostras, mexilhões, vieiras, berbigões. Desenvolvidas há mais de 30 anos, as atividades foram reconhecidas pelo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFSC pela capacidade de inserção regional e pela responsabilidade socio-econômica.

“O LMM é base do desenvolvimento de toda uma cadeia produtiva, gerando, através da produção de formas jovens de moluscos, o insumo básico para a malacocultura de Santa Catarina. As populações litorâneas tradicionais, antes mais dependentes da pesca artesanal para subsistência, agora inserem-se em um novo e bastante atrativo panorama econômico”, observa o coordenador do projeto.

Movimentação

Dados divulgados em 2022 pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) revelam que a produção de moluscos bivalves em Santa Catarina, no ano de 2021, gerou uma movimentação financeira estimada em R$ 80,1 milhões com envolvimento direto de 1.915 pessoas e a produção de um volume de 16.253 toneladas de moluscos bivalves.

“O cultivo de moluscos bivalves marinhos é uma atividade que necessita de mão-de-obra em todas suas etapas de desenvolvimento. Tal fato resulta na geração de emprego e renda. Os resultados sociais dessa atividade são percebidos na melhoria da qualidade de vida e na fixação de comunidades tradicionais nas regiões litorâneas, atuando como um importante mecanismo de contenção e reversão de fluxos migratórios”, observa o professor Marcos Caivano de Albuquerque.

Os moluscos bivalves são constituídos por uma concha dividida em duas valvas. A concha é o exoesqueleto que protege a parte mole do animal. Eles são organismos filtradores, obtendo alimento (microalgas e matéria orgânica) suspenso na coluna da água por um processo de seleção destas partículas.

Sustentável

O projeto é desenvolvido nas duas sedes do Laboratório de Moluscos Marinhos, ambas em Florianópolis: a Estação de Maricultura Prof. Dr. Elpídio Beltrame, na Barra da Lagoa, com cerca de 2600 m² de área construída; e a Unidade Demonstrativa de Maricultura (UDM), localizado no Bairro Sambaqui, com 100m2 em terra e cerca de dois hectares no mar. Neste local, os moluscos são mantidos em estruturas de cultivo.

“O cultivo de moluscos se destaca por ser uma das poucas formas de produção de proteína animal na qual não são necessários gastos com ração. Isso ocorre porque a obtenção de alimento dos moluscos bivalves se dá por um processo de filtração. Ao obter o alimento na coluna da água, eles usam a energia para manter suas atividades metabólicas. Desta forma, os cultivos são identificados como exemplo de cultura sustentável”, explica o professor.

Fenaostra

O cultivo ainda traz impactos positivos ao meio ambiente como, por exemplo, a melhoria da qualidade da água e até mesmo com o “biosequestro” de carbono incorporando-o em suas conchas por longo período. Para cada 100 gramas de concha de ostras, tem-se 12 gramas de carbono absorvido de forma permanente. Ou seja, a atividade purifica o ambiente, gera renda, culinária singular e até beneficia o turismo.

Em 2021, somente a ostreicultura (cultivo de ostras) gerou mais de R$ 25,5 milhões em vendas diretas pelos produtores. Além disso, há algum tempo, a ostra passou a ser considerada um símbolo gastronômico da região da Grande Florianópolis, sendo exportada e apreciada nos principais centros consumidores do país. Parte desse resultado, também pode ser na “Rota das Ostras”, programa de turismo social considerado uma experiência única para conhecer a “alma açoriana" através da arquitetura luso-brasileira do século 18 e do legado cultural açoriano presentes no Ribeirão da Ilha.

E, sem falar, claro, na Fenaostra, a Festa Nacional da Ostra, evento realizado anualmente em Florianópolis desde 1999 e mais um atrativo turístico inspirado em um molusco bivalve.

PROJETO: APOIO À SUSTENTABILIDADE DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE MOLUSCOS BIVALVES / COORDENADOR: Marcos Caivano Pedroso de Albuquerque / mcpa73@gmail.com / UFSC / Departamento de Aquicultura / CCA / 17 participantes

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